— A Europa sempre se preocupou com o tratamento dos dados de seus cidadãos. Uma diretiva regulava o tema desde 1995 — avalia o advogado José Milagre, especialista em direito digital. — No entanto, percebeu-se que a legislação estava desatualizada. Até hoje, o usuário se via obrigado a ceder informações para usar a tecnologia.
Os dados dos usuários talvez sejam o ativo mais disputado hoje pelas empre- sas de tecnologia. Eles viabilizam uma miríade de aplicações, que estão por trás das modalidades de publicidade online que “perseguem” o internauta após ele pesquisar o preço de um tênis ou um ce- lular, por exemplo.
— O mais importante é ter opções e transparência. Em muitos casos as em- presas precisam mesmo recolher infor- mações. Mas muitas pessoas não leem os termos e, no caso do Facebook, não sabem que têm a opção de controlar as informações que compartilham — ava- lia o analista de comunicação Antoine Vallas, francês de 25 anos.
PAGINA_G, OGloboSegundoCaderno 19-05-2018, Nacional%1 – Segundo_Caderno